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CALÇOENE, AP - DO OIAPOQUE AO CHUÍ DE BIKE

Atualizado: 27 de jul. de 2021


Acordei às 5 h para sair às 6 h. Ajeitei as coisas rapidamente e tomei café com o Sr Ismael. Simples, maranhense, aluga quartos de sua humilde casinha para os viajantes da BR 156.


Pela frente, 10 km de estrada de terra antes do encontro com o asfalto. A preocupação, o calor depois das 10 h. O trecho de 68 km tinha vários tobogãs que terminariam somente 10 km antes de Calçoene.


Assim que começou a estrada de asfalto, parei em um dos poucos bares da BR. Dentro, um caminhoneiro gentil pagou-me um café e um bolo de fubá. Não contente, foi até o caminhão e pegou uma garrafa de 1,5 litro de água, que me salvaria no trecho final até Calçoene.


Às 9h da manhã já começava a me desgastar por conta do Sol. Diferentemente da estrada com vários igarapés de dias atrás, entrei em um trecho de cerrado, sem sombra e cruel. Nessa altura, era possível observar a refração da luz solar no asfalto, produzindo miragens em forma de poça d’água. Assim como o vento, o calor tirava-me do prumo. Tentava-me concentrar na pedalada, mas estava difícil. Minha água acabou já no final, sobrando-me 200 ml de água quente. Quando desci da bike na entrada da cidade, senti uma tontura e achei que fosse desmaiar. Sentei no chão quente, respirei fundo e continuei mais 2 km até o centro.

Eram 11h15 da manhã quando entrei num restaurante para almoçar; acalmei. Em seguida, achei facilmente uma pousada e por aqui fiquei.


Amanhã a estratégia será acordar mais cedo e sair 1 hora antes do nascer do Sol. Adiantar pelo menos 15 km para cumprir mais inteiro o trecho de 71 km até a cidade de Amapá.

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