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Via Francigena - Transportando o Equipamento



►Entre erros e acertos, assim deduzo que não se pode ter medo de errar.

A Lyssandra me pediu para escrever sobre equipamentos ou logística, talvez algo que ficou faltando no blog. Hoje, vou falar um pouco da logística de saída do Brasil e entrada na Europa, assunto que as pessoas têm curiosidade em saber.

Toda vez que faço uma viagem internacional levo dois volumes, um é o mala bike, o outro é uma mala grande (eu a chamo de mala de chegada). A bike é cuidadosamente desmontada, envolta em plástico bolha grudados com fita adesiva transparente (compre da 3M) e papelão protegendo as partes mais sensíveis como freios e marchas. Lembre-se de levar o rolo de fita adesiva pois você vai utilizá-lo na volta. Os pneus e o ar da suspensão (caso ela seja a ar) devem ser esvaziados. Não tenha medo de utilizar plástico bolha pois o manuseio de bagagens em aeroportos é feito com total descuido. Na mala grande levo todo o equipamento que vou utilizar para montagem da bike e para a minha permanência. Geralmente nos aeroportos há uma esteira especial para o mala bike uma vez que ela é fora do padrão. Em viagens internacionais geralmente é possível carregar dois volumes no porão do avião mas se atente para que muitas companhias cobram excesso de bagagem em vôos entre cidades na Europa. Geralmente em torno de € 60,00 por volume extra.

Chegando ao destino você também irá retirar a bike na esteira de bagagens especiais. Pegue um trolley para carregar o mala bike caso contrário você vai arrebentar seu ombro segurando-a. Assim, é possível caminhar pelo aeroporto com uma mochila de costas, uma mala de rodinhas e o mala bike no trolley.

Chegando ao seu destino é hora de montar a bike. Tire todo o plástico bolha e o papelão e os guarde para a viagem de volta. Após montada a bike, guarde tudo o que não for utilizar durante o percurso como ferramentas e inclusive o mala bike. A bike provavelmente estará desregulada, então tenha já o endereço de uma bicicletaria perto da sua chegada caso necessite de uma regulagem fina.

Agora a grande questão, o que fazer com a mala de chegada? É muito relativo e dependerá se seu destino final será em outra cidade ou se você voltará à cidade que começou a sua jornada. Tenho algumas sugestões. No Caminho de Santiago é possível se despachar a mala de chegada para os Correios de Santiago de Compostela. Atente, pois quando se despacha entre países as tarifas são muito altas, cote além dos Correios, também com couriers locais para este serviço. No caso de você voltar para o mesmo aeroporto que chegou, existem serviços de guarda volumes mas analise o tempo que você vai permanecer, uma vez que esses serviços também não são tão baratos para prazos longos. Caso não seja possível mandar para a agência de Correios locais, nem deixá-la no aeroporto, tente arrumar um amigo o mais próximo possível do seu destino final, quem guardará a sua mala até sua chegada, foi inclusive o que fiz na cicloviagem da Via Francigena.


Existe outra possibilidade de se viajar sem o mala bike e carregar todo volume com você o tempo todo. Nesse caso, aconselho você passar numa bicicletaria e arrumar uma caixa de papelão para a bike que será descartada na sua chegada - o mesmo processo deverá ser repetido na sua volta. Para o resto do equipamento e roupas, arrume outra caixa grande onde você vai socar tudo o que é possível dentro. Lembre-se que você carregará por todo o tempo esse peso. Na Via Francigena em um determinado momento eu me livrei das roupas de frio e as enviei ao mesmo endereço da minha mala de chegada. Com certeza se fica mais limitado carregando todo o equipamento em caixas descartáveis.

Enfim, essas são as opções existentes, cada uma com sua vantagem e desvantagem; agora resta a você saber o que lhe é mais conveniente. Agora se quiser unicamente melhor custo, opte por caixas descartáveis. Boa sorte!

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