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EP. #11 - Reims / Ludes / Louvois / Condé-sur-Marne / Châlons-en-Champagne / Coolus / Mairy-sur-Marn


►Gostei muito de Reims, principalmente por seu lado histórico, mas confesso que não sou fã dessas cidades maiores, muita gente, excesso de turistas, tudo caro. Na saída de Reims, um último monumento que não estava nem nos guias que acabei avistando da rua, uma basílica belíssima do séc XIX, a Basilique Sainte-Clotilde. Talvez tire muitas fotos de igrejas e catedrais, mas sou fã da arquitetura e dos ornamentos delas. Mostram que a religião católica não tem comparação dimensional com as outras religiões, pois são séculos e séculos de construção de talvez, uma monarquia catolicista romana.


►Saí de Reims por volta das 8:30 hs com destino a Ludes num dia belíssimo. Céu de brigadeiro e um calor que beirava entre 25 e 28 graus. De cara, já nos primeiros quilômetros, arranquei minha camisa e fiquei só com o corta vento sem manga.

Logo nos primeiros 10 km, reparei que estava na Route Touristique Du Champagne. Pois é, videiras espalhadas por grandes áreas, não só uma dezenas, centenas. Passei pela Moët & Chandon, mas nunca pude imaginar a quantidade de marcas que se apresentavam a cada quilômetro rodado, Doré Gérard, Forget Chemin, Coqueret - Bérnard, Georgeton Raflin, Ployes Jacquemarte e por aí vai. Cada marca tem suas casas que oferecem recepções para até 40 pessoas em suas mansões. O cenário é esplêndido; visto de cima, as plantações a perder de vista no horizonte.



►Como decidi ontem, tracei uma rota pré determinada no GPS dentro do que eu queria conhecer, me livrando definitivamente dos prazeres das distâncias e da vontade de chegar logo do meu amigo. Nem com configuração mudada ele queria me ajudar, o jeito foi então, arrumar outro jeito. Deu certo e nos primeiros quilômetros percebi que estava tudo funcionando, conforme o planejado. Entretanto, sabe como é? Toda rota reserva surpresas e a minha surpresa dessa vez foi logo após a vila de Ludes. Depois de já ter passado pelas "maisons" das vinícolas, acabei entrando numa floresta. Decidi continuar, era uma subida e vi que existia uma trilha. Depois de empurrar por volta de uns 500 metros, árvores altas bloquearam meu sinal de GPS, empurrando ainda, a situação começou a ficar estranha, a trilha cheia de barro, moscas por todo lado, mas meu instinto Ilha Grande com a minha companheira de aventuras Lyssandra, me fez acreditar que havia vida no final dessa trilha. Quando ouvi barulho de carros, comecei a comemorar, óbvio não pelos carros, mas por sair dessa enrascada premeditada.


►Saí na D9. Peguei então uma longa descida passando por Louvois que me levaria a Condé-sur-Marne. Logo em seguida, segui o curso de um canal chamado Marne, um lindo canal com água verde onde circulam até grandes barcos. Havia uma trilha ao lado onde circulavam pessoas e bicicletas e foi para lá que eu fui. Foram 16 km alucinantes, embaixo de árvores, num trecho completamente plano e fresco para pedalar.


►Essa longa reta me levaria a Châlons-en-Champagne, uma vila pequena, como todas as outras por onde passo, onde também existe um maravilhoso Hôtel de Ville e uma catedral. Carimbei meu passaporte em Châlons e parei para almoçar. Comi bem um kebab no prato com salada e arroz com direito a sobremesa e refrigerante por € 12,50. Enchi a barriga, só não contava que o calor apertaria marcando 30 graus no GPS. O trecho paralelo ao Marne acabaria em Châlons, mas não sem antes entrar num belíssimo parque também ao lado direito do canal. À princípio queria chegar em Vitry-le-Fraçois, mas passaria por mais algumas vilas antes do destino final. Uma das que mais me encantou foi Vitry-la-Ville, onde havia um castelo. Consegui acesso por trás do castelo onde pude ver de longe a sua entrada numa longa alameda rodeada de árvores.



►Faltavam mais uns 15 km para Vitry e novamente entrei numa rota de fazendas, numa estrada de terra coberta por pequenos cascalhos brancos, onde passavam tratores arando a terra.


►Faltava pouco; quando o GPS marcou exatos 82 km consegui alcançar a vila de Vitry-le-François. Uma vila francesa, talvez como muitas outras, a catedral e o Hôtel de Ville, mas que no final essa me acolheu e me deu a oportunidade de respirar e descansar para mais um dia diferente que será o de amanhã.


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